Passa um, passam dois, passam dez e passam mil,
Passa gente bem distinta pelas ruas do meu Brasil.
Passa o rico apressado com dinheiro pra gastar,
Passa o pobre asilado sem ter como comprar.
Passa a moça bonita com sorriso no rosto,
Passa a feia também com tremendo desgosto.
Passa o jovem rapaz com pressa de chegar,
Passa o homem velho sem ter como alcançar.
Passa a mulher casada com o marido do lado,
Passa ainda a mulher solteira com ar desesperado.
Passa o culto e letrado com diploma de doutor,
Passa até o analfabeto sem destino promissor.
Passa aquele verdadeiro com tudo pra deslanchar,
Passa aquele mentiroso sem saber mais inventar.
Passa a vida, o passado, o presente mais recente,
Passa também a vontade do futuro coerente.
Múltiplas vidas seguem com suas vertentes...
E assim passa o tempo do que viu e anotou,
Que o mundo é repleto de gente diferente,
Maledicente ou penitente, que acertou e errou...
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